sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

INCINERAÇÃO DE LIXO

HÁ FORTE OPOSIÇÃO EM MUITOS MUNICÍPIOS

Com  a aprovação da política nacional de resíduos sólidos (Lei 12.305/2010) nota-se que aumentou o número de municípios interessados em resolver seus problemas com a destinação ou tratamento de resíduos e rejeitos chamados popularmente de lixo.

Outro fator que tem estimulado as Prefeituras a melhorar seu desempenho na gestão desses materiais é a exigência  de elaborar e aprovar o plano municipal de saneamento básico que tem como um de seus produtos o plano de gestão de resíduos.

Por outro lado também se observa que uma das propostas que empresas de consultoria estão apresentando nos municípios para solucionar a destinação do lixo é a incineração, ou seja, queima-lo em fornos de alta temperatura reduzindo seu volume a cinzas, a qual não dispensa destinação final por aterramento.

Do ponto de vista prático e econômico a incineração com aproveitamento de energia é tida como uma solução eficaz, porém há rejeição em parte do meio técnico porque nem sempre o sistema é absolutamente seguro em termos ambientais. Ou seja, a fumaça originada no processo, quando não tratada adequadamente, pode causar doenças. 

Outra discussão esta relacionada com a composição do lixo brasileiro em que mais de 50% é de matéria orgânica (cascas, frutas, verduras, legumes, restos de comida etc.) que devido à alta umidade, cerca de 80%, o sistema perderia eficiência.

Na opinião desse articulista, entretanto, para adotar a técnica da incineração com aproveitamento de energia é preciso inseri-la na gestão integrada que prevê a coleta seletiva sob diferentes formas, a separação da fração orgânica (úmida) da inorgânica (seca), fazendo-se a compostagem da primeira e a separação para reciclagem da segunda. Nesse caso sobraria apenas o rejeito para ser incinerado, ou seja, antes de se pensar na técnica da incineração é preciso considerar a ideia de aproveitar os componentes recicláveis. E, mesmo assim é fundamental não perder de vista a possibilidade de ocasionar doenças a fumaça gerada no processo no caso de não se utilizar tecnologias adequadas.


Agora,parece mais econômico e ambientalmente correto aplicar a logística reversa para o rejeitos e ao mesmo tempo melhorar suas condições de reciclagem, visto que boa parte deles se referem a embalagens cujos componentes ou modo de fabricação impedem seu reuso ou transformação em outros produtos.

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