HÁ FORTE OPOSIÇÃO EM MUITOS MUNICÍPIOS |
Com a aprovação da política nacional de resíduos
sólidos (Lei 12.305/2010) nota-se que aumentou o número de municípios
interessados em resolver seus problemas com a destinação ou tratamento de resíduos
e rejeitos chamados popularmente de lixo.
Outro fator que
tem estimulado as Prefeituras a melhorar seu desempenho na gestão desses materiais é
a exigência de elaborar e aprovar o
plano municipal de saneamento básico que tem como um de seus produtos o plano de
gestão de resíduos.
Por outro lado
também se observa que uma das propostas que empresas de
consultoria estão apresentando nos municípios para solucionar a destinação do
lixo é a incineração, ou seja, queima-lo em fornos de alta temperatura reduzindo seu volume a cinzas, a qual não dispensa destinação final
por aterramento.
Do ponto de
vista prático e econômico a incineração com aproveitamento de energia é tida como
uma solução eficaz, porém há rejeição em parte do meio técnico porque nem sempre
o sistema é absolutamente seguro em termos ambientais. Ou seja, a fumaça originada no processo, quando
não tratada adequadamente, pode causar doenças.
Outra discussão esta relacionada
com a composição do lixo brasileiro em que mais de 50% é de matéria orgânica (cascas, frutas, verduras, legumes, restos de comida etc.) que devido à alta umidade, cerca de 80%, o sistema perderia eficiência.
Na opinião desse
articulista, entretanto, para adotar a técnica da incineração com aproveitamento
de energia é preciso inseri-la na gestão integrada que prevê a coleta
seletiva sob diferentes formas, a separação da fração orgânica (úmida) da
inorgânica (seca), fazendo-se a compostagem da primeira e a separação para
reciclagem da segunda. Nesse caso sobraria apenas o rejeito para ser
incinerado, ou seja, antes de se pensar na técnica da incineração é preciso
considerar a ideia de aproveitar os componentes recicláveis. E, mesmo assim é
fundamental não perder de vista a possibilidade de ocasionar doenças a
fumaça gerada no processo no caso de não se utilizar tecnologias adequadas.
Agora,parece mais econômico e ambientalmente correto aplicar a logística reversa
para o rejeitos e ao mesmo tempo melhorar suas condições de reciclagem, visto que
boa parte deles se referem a embalagens cujos componentes ou modo de
fabricação impedem seu reuso ou transformação em outros produtos.
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